domingo, 13 de fevereiro de 2011

Vertigem.


Sigo com as marés, errante!
Consumindo-me em chamas de loucura.
Já me habituei a ser eterna amante
Desfolhando a juventude em agrura.

À noite, ao me guiar pelas estrelas
Senti-me solitária como algumas.
Lançando a luz ao longe em desespero
Sem ter do céu resposta nenhuma.

Inflando a alma até que esmaeça
Espalhando pelo ar minha fuligem
Do alto olhando ao longe a natureza
Sem terra firme delirando de vertigem.

Uma só vez que ancorei minha jangada
Em porto nobre que apresentou-me porte
E tão breve e encantadora foi a minha estada.
Leve entregou-se fragilmente a própria morte.

Então a esmo e ao sabor do vento
Atiro ao mundo um sentimento antigo
Lanço garrafas com lacrado sentimento
Dorme com os anjos meu amado amigo.

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