terça-feira, 8 de setembro de 2009

Para sempre o nada

Eis que um dia algo surgiu do nada, o nunca passou existir para sempre.
Sem que algo antecedesse cresceu e germinou uma semente, suspensa no ar...não, ar ainda não havia.
O estranho estranhamente surgiu sem que algo até então, fosse convencional.
A criação sem criador, o fim do que não havia começado, o fim do nada eternamente.
Ainda sem existir você, sem Deus surgiu o EU e pra findar o meu princípio Você.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vento ruim

Vento ruim
Que traz o pensamento
O lamentar do tempo
E o seu desolamento

Vento ruim
Traz brisas de esperança
Como qualquer criança
Voar numa balança

Tu arrastaste
O corpo desta pobre
Pra bem longe da morte
Jogada a própria sorte

Trouxeste a chuva
Para os meus caminhos
E me deixou sozinha
Comendo erva daninha

Vento ruim
Não leva minhas flores
Sopra pra longe as dores
E os falsos cantores

Poesia da alma obscura: ANJO ATEU

Poesia da alma obscura: ANJO ATEU

A Construção dos Erros


Todo o tempo nós olhamos para o passado a luz se reflete das massas e invade nossos olhos, nosso cérebro recebe a luz que se divide em cores, processa e constitui uma imagem.
Tudo o que olhamos, são apenas fotografias de um passado breve.
Percebemos o nosso presente no futuro. O que acontece ao nosso redor neste exato momento ainda não foi processado e, portanto ainda desconhecemos.
Se nossa consciência fosse capaz de absorver o presente a tempo...
Se enxergássemos o percurso de uma bala e ainda menos atrasada fosse a nossa antecipação as palavras...
Se pudéssemos nos antecipar as palavras...
Mas é tarde demais para reparar os erros.
E o que temos, são apenas fotografias, incertezas e impotência.
As coisas são como são e não como deveriam ser.
Restam-nos as fatalidades.

(Todos Somos Estrelas)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quase o fim.

Cinco andares, aproximadamente.
Era a distância entre aquele viaduto e o asfalto onde repousava minha sombra.
Eu via muitos carros e não via nada, além da caneta e do caderno onde escrevi para vocês.
Jamais escrevi para que alguém lesse, mas desta vez, pensei que já não mais escreveria.
Senti meu corpo balançar suavemente como uma árvore ao vento.
Como uma árvore que sucumbia frente a um vento forte que lhe desprenderia as raízes.
Uma a uma, minhas raízes foram se soltando.
Medo? Não, eu não tive medo só um absurdo desejo.
Cinco andares e apenas uma pergunta que me prendeu novamente... Seriam suficientes?

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