quarta-feira, 30 de junho de 2010

Deserto de mim



Vida e memória
Roubaram de mim
Persigo a mim mesma
Eu sigo assim

Guiada por cegos
De ódio e rancor
Sem vida, nem ego
Só medo e dor

Recito meus versos
Pra ecos no ar
Ouvidos de pedra
Consigo alcançar

Desejo morrer
E quem sabe, me achar
A onda gigante
Convida pro mar

Desisto da vida
Na busca sem fim
Viajo em meu corpo
Deserto de mim

terça-feira, 29 de junho de 2010

Lábios lacrados


Na fonte do ser
De peito amarrado
Só, eu aqui estou
De lábios lacrados.

Em busca de pistas,
E falsas pegadas
Só, eu aqui estou
De mãos amarradas

Perco-me nas sombras
Das negras ciladas
Perdida em caminhos
Perdida no nada

Ardil é o homem
Que me nega a fala
De lábios lacrados
Recito piadas

Minha face pautada
Descreve saudades
Dos doces sabores
Da imaturidade

Se julgam blasfemos
Meus versos errantes,
Protesto em silencio,
Por ventos uivantes.

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