quinta-feira, 17 de abril de 2014

Aurora que te leva.



Detesto o dia
Tenho o Sol como inimigo
Pois é nos meus sonhos
Que sou feliz contigo


Não posso comer
Pois só teu corpo me alenta
Deitada em teu colo
Sob o afago que alenta


Não posso beber
Se tua boca é a fonte
Da água que sasseia 
E frescor que brota do monte


Não posso respirar
Se não purificar o ar com teu perfume
Teu olor inspira a alma 

Traz o lume.
Não posso enxergar
Nada senão tua figura
Detesto o dia que te leva
E tudo desfigura.
Não posso me guiar 
Nem mesmo pelo tato.
É tua pele e tua presença
Que me faz sentir viva de fato.

Detesto o dia
Tenho o Sol como inimigo
Pois é nos meus sonhos
Que sou feliz contigo.

Coração aprisionado.



"Os pássaros devem ser livres."
Disseste um dia
Ao fitar um canário azul engaiolado.
- É lei divina, que pecado.


Ah! Se tu soubesses
Que pecado!
Meu coração de longas asas aprisionado.

Que pecado.
Não mais cantar com seu piar fraco amargurado.
Que não se pode revelar.
Que pecado.
É lei divina, que pecado.
Passarinho é pra voar
Coração é pra amar.
Mais que pecado...

Ode a ela


De tal formosura qual a quê?
Se frente as musas, és tu a mais bela.
Possui tantos mimos tua graça soturna.
Quantas cores existem na aquarela

Vêm das flores que crescem tão puras no Éden.
Teu perfume que enche os pulmões e inebria.
Enfeitando a aura do ar que te cerca
E as notas formam um buquê de maravilhas.

Jamais pude ser a mesma que antes.
Desde a primeira vez que te beijei.
Quando o tempo parou por um instante.
E, naquele momento te amei.

Qualquer um que amar o pode dizer
Ser mais bela que todas sua musa.
Mas és tu tão formosa criatura
Que do direito de sê-lo tu abusas.

Quando passo por perto de tua morada.
Em te ver meu olhar está disposto
Te procuro em qualquer um que ouso fitar
Em qualquer semelhante enxergo teu rosto.

Encantada me encontro até então
Desde o dia em que provei do beijo dela.
Que tomou-me de assalto o coração
Me inspirando a escrever uma ode a ela.

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