quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Canção à Lua


 Há pouco que te vi
Foi à noitinha
Senti teu seio estremecer
Na mão que é minha.

Há tão pouco que senti
Teu cheiro doce
Que te entreguei tudo de mim
Como quem fosse.

Foi a pouco que toquei
Tua pele alva
Tão ávida mulher
Menina impávida

Ó Lua que amei
Cândida Lua
Cantei o meu querer
Noite que é tua

No corpo ainda latente
A tua memória
Em versos que cantei
Manhã de glória!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010



A saudade é esse aperto no meu peito que é o desejo do aperto do teu peito contra o meu.

Esperando o quê?



Na vida, nada me parece ter sentido.
Muitas vezes me falta fôlego para perseguir objetivos. Para quê tê-los uma vez que nada é nosso de fato? Pela humanidade? Pelos que virão?
A eles aguarda e mesma sina.
Lembro-me de quantas vezes me diverti sem dinheiro, ou em dias de tempo ruim ou, com pessoas de visão e estilos totalmente diferente de mim... Penso quantas vezes me diverti a ponto de perder a noção de tempo e o papel que eu representava na sociedade.
Já não desejo mais nada do que desejei um dia posto que, querer de nada serviria. Desde então só no ocaso do acaso encontro abrigo.
E é despindo-me de máscaras e figurinos que me encontro. Olhando de fora para dentro e me perguntando: Esperando o quê?
Esperando nada. Fico ruminando motivos que me façam ir.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A Paz e o Ócio

Hoje, portanto, o nada.
Hoje então, somente o ócio esticava o dia.
Ócio que pela falta de costume incomoda um pouco. Como uma ervilha sob cem colchões de penas de ganso.
Para resumir o dia um livro e um pouco de chá.
Até fiquei sem jeito, sem saber o que fazer  quando não havia nada.
Fiz carícias no meu gato.
Engraçado que o tédio presente nas obrigações não tem passado por aqui.
O tédio está de férias.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Prazer Que Eu Não Queria

Rudes.
Eram suas palavras e gestos.
E aquela barba por fazer,
E manifestos.

Brutos
Em minha direção eram seus passos,
E aqueles braços envolventes
Nos enlaços.

Bem adverso à minha finez,
Meus toques leves,
Minhas palavras incisivas
E breves

Bem adverso
E causador de vicio.
Tomando o dom em confundir-me
Por oficio.

Este teu modo
Tão errado e tão teimoso
Acometeu-me de um mal
Que é prazeroso.

Enclausurou-me
Entre desejos e fobias
Me prendendo no prazer
Que eu não queria.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Que Bela Tarde!

O sono renova e a solidão ilumina.
À sombra de uma árvore habitam os sonhos embalados pelo perfume dos frutos, flores e grama fresca.
Esta tarde me recostei de baixo de uma árvore, ficava quase no topo de um morro alto. Um campo amplo, com poucas delas espalhadas.
Podia sentir o frescor do vento aliviando o ardor do Sol. Junto com ele vinham pensamentos longínquos, até mesmo de línguas estranhas.
Apoiei a cabeça numa mochila com um livro e uma blusa do Tristania.
Esta tarde me pareceu perfeita. Não queria nada mais que aquilo,
Nem mesmo que aquela sensação fosse eterna.
Nem me lembrei que acabaria.
Nada me trouxe saudade.
Ah, que tarde pitoresca!
Belezas que inundaram o olhar desta poetisa.
Lágrimas que germinam sementes sublimes.

Sonhos que inebriam, entorpecem, alucinam...Transbordam de delícias.
Sei que adormeci.
Não sei dizer de tudo isso quais destes sonhos tive com olhos abertos.
Que tarde pitoresca!

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