segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tardes moribundas



Ao vento pousa a folha vadia
E todos os fins de tarde
Celebram o morrer do dia

Sento a margem deste rio de mágoas
E em cânticos doridos
correm velhas lágrimas

A memória morta numa vala
Quis romper num grito
Do silêncio a malha

Os ventos vagabundos
Me fazem delirar
Em devaneios profundos

Vendo ao longe o porto
Lembro-me do teu corpo
Hoje inerte e morto

E ao chamar teu nome
O silêncio inunda
Essa tarde moribunda

Neganto-te a rima
Te libertei...
Sem que a falta de egoísmo me redima.

(Por Elisangela Lima).

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