sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quase o fim.

Cinco andares, aproximadamente.
Era a distância entre aquele viaduto e o asfalto onde repousava minha sombra.
Eu via muitos carros e não via nada, além da caneta e do caderno onde escrevi para vocês.
Jamais escrevi para que alguém lesse, mas desta vez, pensei que já não mais escreveria.
Senti meu corpo balançar suavemente como uma árvore ao vento.
Como uma árvore que sucumbia frente a um vento forte que lhe desprenderia as raízes.
Uma a uma, minhas raízes foram se soltando.
Medo? Não, eu não tive medo só um absurdo desejo.
Cinco andares e apenas uma pergunta que me prendeu novamente... Seriam suficientes?

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