Quando os olhos cobertos do véu noturno
Sem que no crepúsculo qualquer sombra se distingua
A densa escuridão quase palpável me abraçar
E na solidão, eu for jogada a míngua...
Quando o coração for tão pesado
Que já não possa mais bater por nada
Que seja um fardo viver tendo de levá-lo
Que o peito gema a cada madrugada
Quando o olhar inexpressivo
For o molde do horror pitoresco
Numa irreversível letargia
De um sofrer dantesco
Quando então, a alma declinar
Ao chegar do ocaso eterno
E o tilintar de um seio triste
Sucumbir ao mais cruel inverno...
Desaguarei num pálido delírio
Que ramifica e busca fulcro
Em devaneios cheios de martírios
Meu coração, num palpitar de cunho pulcro
Dará o tom à lira dos meus versos tírios.
Que tomarão meu coração, por seu sepulcro.
é lindo
ResponderExcluire incrivelmente plástico
é uma sensação quase palpavel mesmo
e bastante visual e forte