Já não há quem seja capaz de iluminar um olhar vítreo e opaco.
Nem de resgatar um coração árido e eremita.
Jamais haverá amor, enquanto não houver quem seja amável.
É tudo artificial e hostil.
E a dantesca humanidade perece doentia e pedante.
Alienada por uma muralha ideológica.
Amaldiçoada por uma visão turva e limitada.
A rotina esmagadora de ossos, pesa nos ombros tal qual um mundo de turbulentos questionamentos.
Nada disso importa.
Posto que a existência é carente de qualquer propósito.
A questão não é desistir ou persistir e sim porque fazê-lo.
Não há resposta.
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