domingo, 11 de abril de 2010

E agora?


 E agora?
Teu seio nu e trêmulo bate forte e arromba o peito.
E tuas mãos se estendem puras e angelicais sobre o meu leito.
E agora, que a tua pele alva brilha a meia-luz
E só a lua me revela teus mistérios?
Que o teu olhar lascivo me entorpece e alucina?
Que na embriaguês dos teus lábios morre a minha saudade.?
Agora que soluço no teu colo qual uma órfã acolhida?
Que no teu corpo nascem e morrem as belezas da vida?
E agora que o ardor febril de nossos corpos sufoca a razão escalpelada?
Oh dor!
Oh anjo!
E agora?
Oh luz
Que me trazem teus olhos envoltos de trevas.
Oh querer!
E agora?
Eu canto dor e angústia
E porque danças
Como se essa canção um dia te houvesse embalado no berço?
E agora?
A canção acabou.
Somente nós.
E um fino lençol de seda nos proíbe.
É pecado amor.
E agora?
Que será de nós?

2 comentários:

Top 3 + populares.