De peito amarrado
Só, eu aqui estou
De lábios lacrados.
Em busca de pistas,
E falsas pegadas
Só, eu aqui estou
De mãos amarradas
Perco-me nas sombras
Das negras ciladas
Perdida em caminhos
Perdida no nada
Ardil é o homem
Que me nega a fala
De lábios lacrados
Recito piadas
Minha face pautada
Descreve saudades
Dos doces sabores
Da imaturidade
Se julgam blasfemos
Meus versos errantes,
Protesto em silencio,
Perder-se. Buscar. Calar.
ResponderExcluirE clamar pelos ventos uivantes! Seria pedir à natureza que exalte seus sentimentos não demonstrados? Ou quase não demonstrados?
E se teus versos são blasfêmias (blasfêmias adolescentes), eu há muito já desconfiara que o vinho é sempre mais doce nos anos de pouca maturidade. Do mesmo jeito que as paixões são mais fortes, e as dores mais agudas.