Vida e memória
Roubaram de mim
Persigo a mim mesma
Eu sigo assim
Guiada por cegos
De ódio e rancor
Sem vida, nem ego
Só medo e dor
Recito meus versos
Pra ecos no ar
Ouvidos de pedra
Consigo alcançar
Desejo morrer
E quem sabe, me achar
A onda gigante
Convida pro mar
Desisto da vida
Na busca sem fim
Viajo em meu corpo
Deserto de mim
Leve.
ResponderExcluirMe lembra os poemas de amigos e de amantes dos trovadores medievais.
Se não fosse denso, seria uma canção para se cantar em roda.
Mas é lindo, cheio de uma simplicidade objetiva, mas ao mesmo tempo, com lindas imagens.
"Quando eu morrer, quero o mar como testemunha e a maresia para me enxugar as lágrimas."
Parabéns mais uma vez(Flor de)Lis.