quarta-feira, 30 de junho de 2010

Deserto de mim



Vida e memória
Roubaram de mim
Persigo a mim mesma
Eu sigo assim

Guiada por cegos
De ódio e rancor
Sem vida, nem ego
Só medo e dor

Recito meus versos
Pra ecos no ar
Ouvidos de pedra
Consigo alcançar

Desejo morrer
E quem sabe, me achar
A onda gigante
Convida pro mar

Desisto da vida
Na busca sem fim
Viajo em meu corpo
Deserto de mim

Um comentário:

  1. Leve.
    Me lembra os poemas de amigos e de amantes dos trovadores medievais.
    Se não fosse denso, seria uma canção para se cantar em roda.
    Mas é lindo, cheio de uma simplicidade objetiva, mas ao mesmo tempo, com lindas imagens.
    "Quando eu morrer, quero o mar como testemunha e a maresia para me enxugar as lágrimas."
    Parabéns mais uma vez(Flor de)Lis.

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