terça-feira, 19 de abril de 2011

Amar-te é sofrer.


Quando te vejo triste.
Sei que não sou tudo que há no seu mundo.
Pois comigo, nem se quer uma nuvem te amedrontaria, a menos que, para te refrescar do Sol.

Quando te vejo só.
Sei que nem percebes que sempre estás comigo.
Que te levo nos olhos todo o tempo.
Que suspiro!
E em sonhos me perco
Todos os dias, todas as noites.
Queria que me visse um só dia.

Amar-te é sofrer.
Amar-te é querer doer no mais profundo.
Querer a dor de todo mundo!
É chorar por não te ter pra mim
Sorrir por te ter por perto.

Amar-te é sofrer.
Amar-te é querer ir.
Amar-te é saber que sofreria
Mais do que qualquer cristão suportaria.

É querer ficar.
É ter medo.
É fascinar-se em desvendar
Os teus segredos.

Amar-te é sofrer.
É renascer todos os dias com sorte
É ser levada toda noite
À própria morte.

Um comentário:

  1. Acredito que esse seja um dos mais belos poemas qe você já escreveu.
    Estéticamente a cadência está mais firme, mais sensata, mais profunda e constante.
    A poética está extremamente forte, mas não soturna. Apenas triste, realista, um tanto pessimista mas sem excessos em figuras e elementos mórbidos. Apenas violentamente humano.
    Gostei muito.
    Parabéns.

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