domingo, 27 de março de 2011

Tsunami.

Amanheceu um Sol vermelho
Ao longe estendeu-se o céu arroxeado.
Manhã estranha.
Minhocas, formigas ou algo assim corriam pelas entranhas.
A nuvem negra e pestilenta recobria os campos por onde as ervas brotavam secas em forma de palha.
Pelas ruas olhares molhados. Nas gargantas, nós  amarravam gritos enlouquecidos.
Nas bocas que antes levavam falas pomposas e desnecessárias erguem-se línguas secas implorando do céu um pouco d'agua.
Grudam nos céus das bocas rachadas.
Por toda a parte estendeu as asas um demônio chamado Tsunami e seus fantasmas.

Um comentário:

  1. Muito bom!
    Catastrófico.
    Não lhe vejo sempre falando de algo do lado de fora.
    Muito bom mesmo.

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